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Investimento estrangeiro global cai 3% no primeiro semestre, entre tensões e riscos

Domingo 02 - 16:23
Investimento estrangeiro global cai 3% no primeiro semestre, entre tensões e riscos

O investimento direto estrangeiro (IDE) global caiu 3% durante o primeiro semestre de 2025, no meio de tensões comerciais, riscos geopolíticos, taxas de juro elevadas e conflitos regionais, de acordo com um relatório recente da Comissão das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

O relatório refere que a queda foi impulsionada pelas economias desenvolvidas, onde as fusões e aquisições (F&A) transfronteiriças, que normalmente representam uma grande fatia do IDE, caíram 18% para 173 mil milhões de dólares.

As economias em desenvolvimento ainda apresentaram um melhor desempenho no geral, com fluxos estáveis, mas as tendências divergiram por região, segundo a UNCTAD. O relatório sugere que os fluxos aumentaram 12% na América Latina e Caraíbas e 7% nos países em desenvolvimento da Ásia. Em África, caíram 42%.

"Os elevados custos de empréstimo e a incerteza económica continuaram a pressionar o investimento na indústria e nas infraestruturas no primeiro semestre de 2025", afirmou a UNCTAD na sua avaliação de 31 de outubro.

"Os anúncios de projetos greenfield – quando as empresas constroem novas operações no exterior – caíram 17% em número, impulsionados por uma queda de 29% na manufatura intensiva em cadeias de abastecimento, como têxtil, eletrónica e automóvel, no meio da incerteza tarifária", acrescentou.

O relatório apontou ainda que o financiamento internacional de projetos – crucial para o desenvolvimento de infraestruturas – também registou uma queda, com uma redução de 11% no número de negócios e de 8% no valor.

O relatório mostrou que, apesar do menor número de projetos, o valor do investimento greenfield global aumentou 7%, impulsionado por grandes projetos em inteligência artificial (IA) e economia digital.

O relatório destacou ainda que o ambiente global de investimento continuará desafiante durante o resto de 2025. "As tensões geopolíticas, os conflitos regionais, a fragmentação económica e os esforços para reduzir os riscos nas cadeias de abastecimento continuam a ter um impacto negativo nos fluxos", concluiu.

No entanto, a UNCTAD afirmou que a flexibilização das condições financeiras, o aumento da actividade de fusões e aquisições no terceiro trimestre e a maior despesa no estrangeiro por parte dos fundos soberanos poderão sustentar uma recuperação modesta até ao final do ano.



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