-
12:25
-
11:30
-
11:11
-
10:44
-
10:16
-
10:00
-
09:36
-
09:15
-
08:45
-
08:30
-
07:45
-
15:30
-
14:44
-
14:00
-
13:15
-
12:54
Siga-nos no Facebook
Fortes Reações Árabes às Declarações de Netanyahu sobre o Deslocamento Palestiniano
As declarações do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que levantam a possibilidade de permitir que os palestinianos de Gaza atravessem a fronteira com o Egipto através de Rafah, geraram uma onda de condenação em vários países árabes. Denunciaram-no como uma tentativa de legitimar o caos e desrespeitar o direito internacional.
O Egito manifestou a sua "profunda rejeição" destas declarações, afirmando que nunca será cúmplice de qualquer plano para liquidar a causa palestiniana ou tornar-se uma porta de entrada para o êxodo forçado. Cairo reiterou que a deslocação de palestinianos constitui uma linha vermelha e reiterou o seu apelo a um cessar-fogo imediato, à retirada israelita de Gaza e ao regresso da Autoridade Palestiniana à administração do território e às suas travessias.
Por sua vez, Netanyahu respondeu acusando o Egito de preferir "aprisionar os habitantes de Gaza contra a sua vontade", agravando as tensões diplomáticas entre os dois países.
Os países do Golfo também se manifestaram. O Secretário-Geral do Conselho de Cooperação do Golfo descreveu as declarações do primeiro-ministro israelita como um "apelo público à limpeza étnica" e uma clara violação das convenções internacionais.
A Arábia Saudita, por seu lado, denunciou "nos termos mais veementes" declarações que considerou contrárias aos princípios humanitários mais básicos, reafirmando o seu apoio ao Egito nesta matéria.
A reação do Kuwait foi igualmente firme, descrevendo-as como uma "flagrante violação dos direitos inalienáveis do povo palestiniano" e instando a comunidade internacional e o Conselho de Segurança da ONU a agirem contra "o genocídio, a fome imposta e a colonização contínua".
Estas reacções unânimes reflectem a crescente preocupação com as tentativas israelitas de alterar a demografia de Gaza pela força ou sob o pretexto de uma escolha voluntária, em desacordo com o direito internacional.