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Ex-presidente rejeita cedência a pressões
Fernando Medina terá imposto a José Furtado uma “transferência extraordinária de 100 milhões de euros no último dia útil de 2023
O ex-presidente do Grupo Águas de Portugal (AdP) rejeitou esta quarta-feira ter cedido a pressões do ex-ministro das Finanças, Fernando Medina, para a distribuição de dividendos ao Estado, com o objetivo de reduzir da dívida de 2023.
Numa audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República, José Furtado reconheceu que houve “de facto uma tensão” nesta questão, entre acionista (Estado) e gestão. Mas o gestor assegurou que a administração do grupo “não se deixou pressionar”.
“Não considero que cedi a pressões, não cedi a pressão nenhuma”, assegurou, considerando ainda que esta é uma situação “normal” no quadro das relações entre acionistas e gestores.
O ex-presidente da AdP respondia a perguntas do deputado do CDS, Paulo Núncio, que leu o conteúdo de emails, divulgados hoje pelo ECO, entre a anterior gestão do grupo e a tutela de Medina, a propósito da distribuição extraordinária de dividendos.
De acordo com a notícia do ECO, Fernando Medina terá imposto a José Furtado uma “transferência extraordinária de 100 milhões de euros no último dia útil de 2023 para levar a dívida para um valor abaixo de 100% do PIB”, À empresa pública Águas de Portugal (AdP) terá sido “imposta a transferência para melhorar as contas públicas”.
A transferência terá sido solicitada pelo então ministro das Finança num email “violento” que levanta suspeitas de o governante estar fazer “uma imposição à gestão da empresa pública, liderada por José Furtado, que foi contra o pagamento desse dividendo porque a AdP teria um plano de investimentos pesado e precisaria desses 100 milhões de euros.”
“Na última semana de dezembro, com o país quase a despedir-se de 2023, a atividade no Ministério das Finanças era frenética para fechar as contas e garantir uma dívida pública inferior a 100% do PIB, um ‘brilharete’ para vender nas eleições de 10 de março. Mas havia um gestor público que resistia a aceitar a ordem do ministro, Fernando Medina, para transferir 150 milhões de euros em dividendos extraordinários e propunha modelos alternativos. Algo que suscitou a ira do ministro, num email violento. Só a intervenção diplomática do então primeiro-ministro permitiu desbloquear o confronto”, escreve o ECO.
Além do ex-presidente do Grupo Águas de Portugal, na quinta-feira serão ouvidos o presidente da NAV Portugal, Pedro Ângelo, e a presidente da Imprensa Nacional Casa da Moeda, Dora Moita.
As audições foram pedidas pelo CDS-PP, tendo em conta os dividendos extraídos destas empresas públicas e o seu impacto na redução da dívida pública. O tema consta da análise feita pela UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental).
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