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Europa enfrenta seca histórica: 52% das terras afetadas em julho de 2025
Em Julho de 2025, a Europa registou um recorde preocupante: 52% das suas terras, bem como grande parte da costa mediterrânica, foram afectadas pela seca pelo quarto mês consecutivo, segundo dados do Centro Europeu de Monitorização da Seca. Este número, o mais elevado para um mês de julho desde o início dos registos em 2012, é 21 pontos percentuais superior à média observada entre 2012 e 2021. Desde o início do ano, cada mês tem batido novos recordes em várias regiões.
O programa europeu Copernicus, que se baseia em observações por satélite, avalia a seca de acordo com três critérios: precipitação, humidade do solo e condição da vegetação. As áreas afetadas são classificadas em três níveis: monitorização, alerta e alarme. A Europa de Leste e os Balcãs estão entre as regiões mais afetadas. Na Hungria, a proporção de terrenos em estado de alarme aumentou de 9% em Junho para 56% em Julho. Foram observados aumentos semelhantes no Kosovo (de 6% para 43%) e na Bósnia e Herzegovina (de 1% para 23%). Nos Balcãs, as ondas de calor intensas estão também a alimentar um número recorde de incêndios, incluindo em aterros sanitários a céu aberto, muitas vezes ilegais, que emitem fumo e gases tóxicos.
Na Turquia, mais de 60% do território sofre de um grave défice hídrico todos os meses desde Março, o que alimenta inúmeros incêndios florestais. Na passada sexta-feira, os incêndios no oeste do país levaram à evacuação de três aldeias e à suspensão do tráfego marítimo no estreito de Dardanelos.
Na Europa Ocidental, a situação varia de país para país. Em França, 68% do território foi afectado pela seca em Julho, em comparação com 44% em Junho. O país sofreu também um dos maiores incêndios da sua história recente, devastando 13.000 hectares na região sul de Aude. Uma segunda onda de calor no verão está a agravar ainda mais as condições. No Reino Unido, a situação está a melhorar ligeiramente em relação aos meses anteriores, mas mais de dois terços do país ainda sofrem de défice hídrico.
Em contraste, Espanha e Portugal estão a enfrentar melhor esta crise, com taxas de seca de 7% e 5%, respetivamente, muito abaixo das médias europeias. No entanto, os especialistas alertam que a tendência geral continua a ser alarmante e que a Europa poderá entrar numa fase prolongada de stress hídrico, ameaçando a agricultura, os ecossistemas e a segurança alimentar.