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EUA e Israel atacam instalações nucleares iranianas em grande escalada
O Presidente Donald Trump confirmou que os Estados Unidos lançaram um ataque militar coordenado com Israel contra a infra-estrutura nuclear iraniana, visando instalações-chave em Fordow, Natanz e Isfahan. Descrevendo a operação como "muito bem-sucedida", Trump declarou que a instalação fortemente fortificada de Fordow "desapareceu" e enfatizou o objetivo da campanha como um golpe decisivo para as ambições nucleares do Irão.
Numa declaração televisiva, Trump alertou que o Irão enfrenta agora uma escolha entre "paz ou tragédia", afirmando que vários outros alvos continuam ao seu alcance. "As principais instalações de enriquecimento nuclear do Irão foram completa e totalmente destruídas", disse.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, condenou veementemente os ataques, acusando os EUA de violarem o direito internacional e a Carta da ONU. Salientou que o Irão mantém todas as opções para defender a sua soberania e população.
Os ataques foram realizados com bombardeiros stealth B-2 e mísseis de cruzeiro Tomahawk lançados por submarinos, com foco em instalações nucleares profundamente enterradas. Os EUA terão comunicado ao Irão que não estava planeada qualquer outra ação militar e que os ataques não tinham a intenção de pressionar por uma mudança de regime.
A operação decorreu no meio de mais de uma semana de intensificação dos combates aéreos entre Israel e o Irão, resultando em baixas de ambos os lados. Israel justificou os seus ataques como um esforço preventivo para impedir o Irão de adquirir armas nucleares. O Irão, no entanto, insiste que o seu programa nuclear visa exclusivamente fins pacíficos.
Trita Parsi, vice-presidente do Instituto Quincy para a Política Responsável, criticou o ataque, argumentando que o Irão não representava uma ameaça nuclear iminente. Alertou que o ataque poderia acelerar a proliferação nuclear a nível global, levando os países a procurar meios de dissuasão nuclear por temerem ataques semelhantes.
Apesar dos danos, a agência nuclear iraniana não reportou fugas ou contaminação de radiação perto dos locais visados. A Agência Internacional de Energia Atómica da ONU também confirmou que não houve aumento dos níveis de radiação.
Parsi sugeriu que o Irão pode ter realocado materiais nucleares críticos em antecipação dos ataques. Deu nota que o stock de urânio enriquecido do Irão continua a ser o seu activo nuclear mais valioso e pode ainda permitir o desenvolvimento de armas.
Crescem as preocupações de que os ataques possam não ter alcançado o efeito pretendido. Parsi previu que a pressão das autoridades israelitas poderá aumentar em breve para uma campanha de bombardeamentos prolongada.
Embora o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tenha elogiado a acção de Trump como um movimento histórico, os líderes globais manifestaram preocupação. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para uma "escalada perigosa" com potencial para consequências catastróficas em toda a região.
De acordo com as autoridades de saúde iranianas, o conflito causou pelo menos 430 mortos e mais de 3.500 feridos no Irão. Em Israel, 24 civis morreram e mais de 1.200 ficaram feridos em ataques de mísseis de retaliação do Irão. Mais de 450 mísseis foram lançados contra Israel desde o início das hostilidades.
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