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Enólogos alertam para “catástrofe social”
Os viticultores do Douro alertaram para uma potencial “catástrofe social” devido aos cortes nos rendimentos e nos lucros do vinho do Porto, aliados à impossibilidade de venda de uvas, convocando uma manifestação para 7 de agosto.
Victor Herdero, presidente da Associação de Viticultores e Agricultura Familiar do Douro (Avadorense), com sede em Vila Real, disse à Lusa: “Hoje a Avadorense, em conjunto com a CNA – Confederação Nacional da Agricultura, decidiu organizar uma manifestação devido a três problemas graves [que poderão levar a...] ao princípio do fim da região demarcada do Douro.”
Nas vésperas do Conselho Profissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto ( IVDP ), o responsável alertou para a possibilidade de um novo corte de 20 mil barricas a fazer em vinho do Porto nesta colheita.
“Fomos beneficiados com 120 mil pipas, e no ano passado beneficiamos de 102 mil pipas, ou seja, 20 mil já foram reduzidas. Agora, eles querem [criar uma utilidade] com cerca de 80 mil pipas”, disse.
Se esta redução ocorrer, “estas uvas deixarão de ser utilizadas como vinho do Porto e terão de ser utilizadas como vinho de consumo”, um “problema grave” para os viticultores do Douro que já sofreram uma quebra no rendimento por hectare.
“Opomo-nos totalmente à redução [da utilidade] do vinho do Porto porque já houve uma redução, pela primeira vez na área designada do Douro, também do rendimento por hectare. Este ano só conseguiremos [converter] oito barris por hectare em vinho tinto e cerca de nove barris em vinho branco”, explicou.
Victor Herdero acrescentou ainda que alguns viticultores têm recebido cartas indicando que o comércio, responsável pela exportação do vinho do Porto, não receberá vinho este ano devido à sobreprodução.
“Receamos que haja uma catástrofe social aqui na zona demarcada do Douro. Este é o começo do fim, pois coloca em risco os pequenos e médios agricultores. O dirigente sublinhou que há muitos agricultores médios que praticamente vivem apenas disto e que enfrentarão uma situação muito perigosa se não receberem as suas uvas.
Caso o Conselho Profissional do IVDP aprove a prevista redução do valor do benefício, além da redução dos rendimentos e do facto de os produtores não poderem entregar as suas uvas às empresas exportadoras, esta será uma situação “sem precedentes” na designada região do Douro.
“Isso nunca aconteceu antes. Quando o Estado disponibilizou mais de oito milhões de euros no ano passado para o excedente das destilarias de vinho, é incompreensível como ainda há excedente este ano. Portanto, há vinhos de outras regiões entrando aqui”, enfatizou Victor Herdero
O responsável alertou para a necessidade de o governo intervir e resolver estes problemas com medidas “sérias e justas” dirigidas aos viticultores.
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