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Emissões globais atingem novo recorde em 2024
As emissões globais de gases com efeito de estufa atingiram um nível sem precedentes em 2024, com um pico de 57,7 gigatoneladas de CO₂ equivalente, de acordo com o relatório anual "Lacuna de Emissões" publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP), poucos dias antes da COP30, a cimeira global do clima no Brasil.
O relatório indica um aumento de 3% em relação a 2023 e de quase 8% em relação à média da década anterior (2010-2019). Esta tendência revela um fosso crescente entre os compromissos climáticos declarados e as políticas efectivamente implementadas.
O sector energético continua a ser o maior contribuinte para as emissões, representando 27% do total global, ou 15,6 gigatoneladas. Seguem-se os setores dos transportes (15%, ou 8,4 gigatoneladas) e industrial (11%, ou 6,5 gigatoneladas).
No sector dos transportes, os veículos terrestres são a principal fonte de poluição, representando mais de 10% das emissões globais. A aviação internacional, embora represente apenas 2%, registou o maior crescimento anual (+6,3%), reflectindo a recuperação do tráfego aéreo após a pandemia de COVID-19.
A agricultura contribui com 11% das emissões, sendo que aproximadamente 6% são provenientes da pecuária devido às emissões de metano, enquanto a desflorestação e a alteração do uso da terra representam 8%. A indústria pesada representa 9% e os resíduos 4%.
O PNUMA sublinha que a maioria dos sectores viu as suas emissões aumentar, particularmente os relacionados com a produção de combustíveis fósseis e com as actividades industriais intensivas em energia. Esta trajetória compromete seriamente a meta da neutralidade carbónica até 2050.
Os especialistas alertam para a atual tendência, estimando que cada ano de atraso na redução das emissões aumenta o custo e a dificuldade de atingir as metas do Acordo de Paris. A transição para as energias renováveis, embora em curso, continua demasiado lenta para inverter esta tendência.