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"Convergência na oposição à direita". PS e Livre aceitam repto do BE para reuniões

"Convergência na oposição à direita". PS e Livre aceitam repto do BE para reuniões
Quarta-feira 13 Março 2024 - 14:00
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O Partido Socialista e o Livre aceitaram o convite do Bloco de Esquerda para se reunirem para debater "elementos de convergência" na oposição ao Governo de direita e na construção de uma alternativa. Mariana Mortágua lançou o convite, na terça-feira, ao PS, PCP, Livre e PAN. Paulo Raimundo e Inês Sousa Real ainda não reagiram.
Pouco tempo depois de Mariana Mortágua ter lançado o convite, uma fonte oficial da direção do PS disse à agência Lusa que o partido está “naturalmente disponível para receber o Bloco de Esquerda”.

Da parte do Livre, fonte oficial confirmou à Lusa que o partido também aceitou o convite.

Na terça-feira à noite, o Bloco de Esquerda pediu reuniões ao PS, PCP, Livre e PAN para “debater os elementos de convergência, não só na oposição ao governo da direita mas na construção de uma alternativa".

Num vídeo publicado nas redes sociais, Mariana Mortágua considera que os resultados das eleições "mudaram a face política do país" e que, tendo em conta o atual contexto, “devem ser mantidas abertas as portas do diálogo e procurar a máxima convergência na defesa do que é essencial”.


“Os partidos do campo democrático, os partidos ecologistas, os partidos da esquerda têm obrigação de manter abertas as portas do diálogo e de procurar convergências”, disse Mortágua, que alertou que os resultados obtidos pela AD, bem como a “subida da extrema-direita”, colocam o país “sob o risco de um retrocesso e uma ameaça aos direitos sociais”.

"Não abdicamos da memória, do futuro, nem do Estado social, nem do objetivo da igualdade. Queremos garantir que, juntos e juntas, faremos este ano as maiores manifestações da comemoração do 25 de abril", afirmou ainda Mariana Mortágua.
No final da noite eleitoral de domingo, a coordenadora bloquista já tinha assegurado que o BE será “parte de qualquer solução que afaste a direita do Governo”.

A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.
 


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