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Congresso dos EUA revoga sanções contra a Síria de forma permanente

Quinta-feira 18 - 10:23
Congresso dos EUA revoga sanções contra a Síria de forma permanente

O Congresso norte-americano votou na quarta-feira a revogação permanente das sanções impostas à Síria durante a administração de Bashar al-Assad, uma medida que visa abrir caminho ao investimento estrangeiro e à recuperação económica do país devastado pela guerra.

O presidente Donald Trump já tinha suspendido as sanções por duas vezes, em resposta aos apelos da Arábia Saudita e da Turquia, aliados do novo Governo liderado por Ahmed al-Sharaa.

Mas Sharaa procurava o fim permanente das sanções, temendo que, enquanto as medidas se mantivessem em vigor, dissuadissem as empresas receosas de riscos legais na maior economia do mundo.

O Senado aprovou a revogação da Lei César de 2019 como parte de um amplo pacote anual de defesa. O Senado votou 77-20 a favor da legislação, que já tinha sido aprovada pela Câmara dos Representantes e deverá ser sancionada por Trump.

A revogação, amplamente apoiada pelos legisladores de ambos os partidos, "é um passo decisivo para dar ao povo sírio uma hipótese real de reconstruir o país após décadas de sofrimento inimaginável", disse a senadora Jeanne Shaheen, principal democrata na Comissão de Relações Exteriores do Senado.

A Lei César, que recebeu este nome em homenagem a um fotógrafo anónimo que documentou as atrocidades nas prisões de Assad, restringiu severamente os investimentos e isolou a Síria do sistema bancário internacional.

A lei tinha como objectivo impedir a entrada de empresas estrangeiras para reconstruir a Síria numa altura em que parecia que Assad tinha triunfado após mais de uma década de guerra civil brutal, que desencadeou um fluxo maciço de refugiados em direcção à Europa e ajudou a gerar o grupo terrorista Daesh.

Os combatentes anti-regime de Sharaa tomaram Damasco há um ano numa ofensiva-relâmpago.

Sharaa, agora vestido com um fato e a procurar melhores relações com o Ocidente, impressionou Trump, incluindo quando se encontraram pela primeira vez durante a viagem do líder norte-americano a Riade, em maio.



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