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Cimeira Empresarial EUA-África: África é um Ator-Chave na Nova Economia Global
A 17ª Cimeira Empresarial EUA-África reafirmou a posição central que África passou a ocupar no panorama económico global, graças ao seu dinamismo demográfico, à abundância de recursos naturais e ao crescente desejo de uma integração regional eficaz.
A cimeira destacou vários projetos importantes que estão a remodelar a economia africana, com destaque para o Gasoduto África-Atlântico, que se estenderá por mais de 5.600 quilómetros ao longo da costa atlântica, servindo uma população superior a 400 milhões, e o Corredor do Lobito, que ligará o Oceano Atlântico ao Oceano Índico através de uma rede ferroviária. As discussões abordaram também a expansão de zonas económicas especiais e o desenvolvimento de cadeias de valor regionais como uma nova alavanca para estimular o comércio dentro e fora do continente.
Entre as iniciativas que mereceram especial atenção, destacam-se as lançadas por Marrocos, com destaque para a Iniciativa Tripartida para a Adaptação da Agricultura Africana às Alterações Climáticas, e a Iniciativa Atlântica Africana, que visa abrir uma porta de entrada estratégica para os países do Sahel na costa atlântica e reforçar a integração económica entre os países da parte ocidental do continente.
Vários especialistas participantes acreditam que a escalada das tensões geopolíticas globais, desde a Europa de Leste ao Médio Oriente, pode incentivar os líderes africanos a acelerar a integração regional, com o objectivo de reforçar a posição do continente como um parceiro político e económico fiável e estável.
Os participantes sublinharam ainda que o actual contexto internacional exige que os países africanos aprofundem a sua interoperabilidade e reforcem as suas parcerias estratégicas, em particular com os Estados Unidos, que continuam a expandir a sua presença de investimento no continente.
Neste sentido, o interesse de Washington por África passou de uma lógica de ajuda para uma de parcerias económicas de longo prazo. Em apenas um ano, os Estados Unidos concluíram um total de 547 acordos comerciais e de investimento com países africanos, num total de 14,2 mil milhões de dólares, de acordo com o anúncio da cimeira.
Estes investimentos foram distribuídos por sectores vitais, como os minerais, a agricultura, as energias renováveis e a segurança alimentar, em total alinhamento com as prioridades de desenvolvimento do continente.
As discussões da cimeira confirmaram que a parceria EUA-África já não se limita à exploração dos recursos naturais, mas baseia-se agora em projectos de investimento reais e em oportunidades de crescimento reais que beneficiam tanto os povos africanos como as empresas americanas.
Assim, a Cimeira Empresarial EUA-África estabelece uma nova visão do continente como um actor económico promissor, não apenas um reservatório de recursos, mas um parceiro estratégico na construção do futuro da economia global.
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