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Caos nos mercados bolsistas globais: estamos perante uma quebra do mercado bolsista?
Face às taxas alfandegárias agressivas anunciadas por Donald Trump e ao espectro da recessão que assombra os mercados, os mercados bolsistas globais caíram a pique como raramente se viu. Mas será que isto é realmente uma quebra do mercado de ações?
"Sim, mas não em todo o lado", resume Alexandre Baradez, responsável de análise de mercado da IG France.
Embora a expressão permaneça vaga e sem uma definição específica, um "crash bolsista" refere-se a um movimento súbito de queda dos mercados bolsistas, de pelo menos 10%, num contexto de pânico generalizado dos investidores.
No entanto, “a velocidade do movimento e a volatilidade do mercado” também podem ser indicadores, explica o analista.
Para Stephen Innes, analista da SPI AM, os movimentos recentes do mercado reflectem um "cenário que rivaliza com o Lehman (Brothers, em Setembro de 2008, nota do editor) e a crise financeira mundial, tanto em escala como em velocidade", sublinha ainda.
Desde 2 de abril, o índice S&P 500, o principal índice de Wall Street, caiu quase 11% e eliminou mais de 5,3 biliões de dólares em capitalização bolsista.
No entanto, Wall Street já viu coisas piores: quando a pandemia de Covid-19 eclodiu em Março de 2020, o S&P sofreu um colapso de quase 12% numa única sessão, por exemplo.
No entanto, "o S&P já tinha caído 10% num mês entre Fevereiro e Março, depois desceu 10% em dois dias. É disso que se trata o crash", diz Alexandre Baradez, acrescentando que "nem todos os crashes têm a mesma intensidade".
Embora as "maiores quedas deste século tenham sido (...) induzidas pela pandemia, as perdas dos últimos dias são muito significativas, o que indica o medo que se está a alastrar", observa Susannah Streeter, responsável pelos mercados financeiros da Hargreaves Lansdown.
O índice bolsista norte-americano Nasdaq, que lista muitos gigantes tecnológicos, "está agora em território de baixa", o que, no jargão bolsista, significa que caiu mais de 20% em relação ao seu último pico, observa também o analista da Hargreaves Lansdown.
Entretanto, o índice VIX, que reflecte o nervosismo e a aversão ao risco dos participantes no mercado, atingiu os mesmos níveis observados durante a pandemia em Março de 2020 na segunda-feira.
"A queda afeta sobretudo as bolsas norte-americanas, e há um fenómeno de contágio na Europa e na Ásia", acredita Alexandre Baradez.
Todos os mercados bolsistas europeus registaram perdas superiores a 10% desde 1 de abril. Entre os principais, o DAX, o principal índice de Frankfurt, caiu 10,71% no período, o CAC 40 de Paris caiu 11,08% e o FTSE 100 de Londres caiu 10,26%.
Também aqui, temos de recuar ao início da pandemia de Covid-19 para encontrar variações semelhantes. Para a Bolsa de Paris, estas foram as piores sessões desde março de 2022, logo após o início da invasão russa à Ucrânia.
Na Ásia, a queda dos mercados bolsistas foi particularmente brutal. Na primeira sessão de negociações na China após a resposta de Pequim às tarifas de Donald Trump, a Bolsa de Hong Kong fechou a cair 13,22% na segunda-feira. Esta é a maior queda desde a crise bolsista asiática de 1997.
Na China continental, o Índice Composto de Xangai caiu 7,34%, a sua pior sessão desde março de 2020, e o Índice Componente de Shenzhen caiu 9,66%, a sua maior queda desde 1996.
A Bolsa de Taiwan fechou a cair 9,7%, uma queda nunca vista desde a sua criação em 1967. A Bolsa de Tóquio, por sua vez, caiu 7,82% na segunda-feira.
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