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Bourita pede resposta firme à agressão israelita em Gaza

Ontem 13:23
Bourita pede resposta firme à agressão israelita em Gaza

O Ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino, Nasser Bourita, instou na quinta-feira os países euromediterrânicos a adoptarem posições firmes face à agressão israelita em Gaza, sublinhando que os acontecimentos actuais representam um grande desafio ao direito internacional e à estabilidade regional. Estas declarações foram feitas na abertura do retiro de alto nível sobre o futuro das relações euromediterrânicas em Rabat.

Bourita afirmou que "o que está a acontecer em Gaza desafia as nossas consciências e impele-nos a assumir posições firmes, não apenas em relação aos palestinianos". Salientou que os acontecimentos em Gaza devem também questionar a posição da região euromediterrânica no seu todo, exigindo ações concretas em vez de mera retórica.

O ministro realçou que, para os europeus, o Mediterrâneo parece ser uma área de parcerias, mas que os países do sul do Mediterrâneo acreditam que esta área não se baseia em verdadeiras parcerias, mas sim em interesses unilaterais. Segundo ele, é necessária uma reflexão aprofundada para desenvolver uma visão clara, sobretudo dadas as repercussões que a situação no Médio Oriente está a ter nos países vizinhos.

Numa conferência de imprensa conjunta com Dubravka Šuica, comissária europeia para o Mediterrâneo, Bourita descreveu os acontecimentos em Gaza como "actos de agressão contra civis palestinianos", acrescentando que estes ataques representam um perigo não só para a segurança e estabilidade da região, mas também para o mundo inteiro. Salientou a falta de mecanismos de dissuasão contra estas violações.

O ministro marroquino alertou ainda que estes ataques ameaçam os próprios alicerces da construção da área euro-mediterrânica, descrevendo a situação actual como um desafio sem precedentes ao direito internacional. Denunciou veementemente as "declarações provocatórias sobre a deslocação de palestinianos", lembrando que constituem uma violação do direito internacional humanitário e representam uma ameaça à estabilidade dos países vizinhos.

Bourita abordou ainda a situação em Jerusalém, sublinhando que as incursões e as ameaças estavam a transformar o conflito não só numa questão política, mas também religiosa, alertando para as consequências imprevisíveis do discurso de ódio e da radicalização.

Em relação aos recentes ataques contra países vizinhos, o ministro recordou os incidentes na Síria e no Qatar, afirmando que Marrocos denunciou estes ataques e manifestou a sua solidariedade para com o Qatar, apoiando a convocação de uma cimeira árabe e islâmica após estes acontecimentos inaceitáveis.

Em conclusão, Nasser Bourita enfatizou a gravidade da situação, apelando ao Conselho de Segurança e aos seus membros permanentes para que atuem de forma responsável. Alertou para o risco de estas práticas poderem mergulhar a região numa instabilidade de grande escala e apelou à comunidade internacional para que utilize todos os meios disponíveis para travar a agressão israelita, sublinhando que os ataques a jornalistas e pessoas inocentes vão contra a consciência humana, mesmo antes do direito internacional.



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