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Bourita apela à transformação da parceria Euro-Mediterrânica numa verdadeira aliança estratégica

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Bourita apela à transformação da parceria Euro-Mediterrânica numa verdadeira aliança estratégica
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No quinto Fórum Ministerial União Europeia - Vizinhança Meridional, realizado esta segunda-feira em Bruxelas, o Ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino, Nasser Bourita, apelou a uma revitalização ambiciosa da parceria Euro-Mediterrânica, apelando para que esta se torne numa verdadeira aliança estratégica e não apenas numa plataforma de proximidade geográfica.

"Uma verdadeira vizinhança é aquela que construímos em conjunto, em torno de uma visão e de valores partilhados", afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino, sublinhando que o Mediterrâneo já não pode ser reduzido a uma área de proximidade geográfica, mas deve tornar-se um lugar de construção coletiva.

A este respeito, o Sr. Bourita saudou o desenvolvimento em curso de um "Pacto para o Mediterrâneo", visto como uma nova abordagem para uma cooperação reforçada entre a União Europeia e os países do Sul. Descreveu este pacto como uma "oportunidade única para passar de uma abordagem de vizinhança para uma abordagem de aliança".

Questionando a actual eficácia da região Euro-Mediterrânica, o Ministro levantou várias questões cruciais: "Porque é que esta região continua a ser um actor marginal no seu próprio palco? Porque é que os desafios partilhados — segurança, mobilidade, crises — não são suficientemente abordados de forma concertada?" Estas observações, segundo ele, sublinham a necessidade urgente de uma visão estratégica clara.

Inspirando-se na visão do Rei Mohammed VI, para quem o Mediterrâneo representa uma "responsabilidade histórica" para além da sua mera dimensão geográfica, Nasser Bourita apelou à construção de um espaço geopolítico euro-mediterrânico capaz de responder concretamente às necessidades de ambas as margens.

Para tal, o Ministro propôs uma nova abordagem baseada na integração: combinar instrumentos financeiros, estruturar parcerias, diferenciar abordagens e, acima de tudo, uma governação mais inclusiva. Esta deve basear-se em "maiorias de compromisso" e não em consensos, para evitar impasses e envolver activamente o Sul na tomada de decisões.

Para concretizar este compromisso, Marrocos acolherá em breve um "retiro de alto nível sobre o futuro da parceria", com o objetivo de formular propostas concretas na sequência do Pacto para o Mediterrâneo e por ocasião do 30.º aniversário do Processo de Barcelona.

Nasser Bourita concluiu sublinhando que este pacto representa uma "oportunidade para construirmos juntos uma alavanca comum para a estabilidade, a prosperidade e a aproximação entre os povos".



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