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Bolívia vota entre dois candidatos de direita para reanimar a economia
Os bolivianos vão a votos este domingo para a segunda volta presidencial, que coloca o ex-presidente de direita Jorge "Tuto" Quiroga contra o senador centrista Rodrigo Paz. Ambos os candidatos prometem tirar o país de uma profunda crise económica marcada por uma inflação elevada e uma escassez crónica.
Após duas décadas de governação de esquerda, os eleitores procuram mudanças. Preços exorbitantes, escassez de divisas e longas filas para o abastecimento de combustível têm gerado uma frustração crescente. "Há vinte anos, o nosso país prosperava graças às exportações de gás, mas os governos socialistas desperdiçaram tudo", disse Edmundo, residente em La Paz.
O fraco investimento no sector energético agravou a crise, visível desde 2023. Para muitos bolivianos, a mudança política tornou-se urgente. "Antes, podia comprar-se muita coisa com 100 bolivianos. Hoje, mal chega para alguns artigos", disse Juana, uma vendedora ambulante local.
Durante o debate televisivo de 12 de Outubro, Quiroga, de 65 anos, e Paz, de 58, delinearam as suas estratégias para estabilizar a economia. Ambos prometeram combater a escassez de combustível e conter a inflação. "Até novembro, o combustível estará disponível em todo o país", prometeu Paz, enquanto Quiroga prometeu "acabar com as filas para o gasóleo e a gasolina e controlar a inflação".
Ambos os candidatos planeiam também reduzir os subsídios energéticos e as despesas públicas, uma vez que o défice nacional se aproxima dos 10% do PIB. "Restauraremos a confiança trazendo os dólares de volta à economia", disse Quiroga, apelando a uma "renovação" do modelo económico boliviano. Paz defendeu uma transição mais gradual: "Temos o direito de nos renovarmos e deixarmos o passado para trás".
Esta segunda volta poderá marcar uma rutura histórica em 20 anos de governação de esquerda, enquanto os bolivianos aguardam medidas concretas para reconstruir a sua economia em dificuldades.