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A exclusão da Polisário pela UA marca a queda da diplomacia argelina
A recente decisão da União Africana (UA) de excluir a Frente Polisário de reuniões com parceiros internacionais sinaliza um revés significativo para a diplomacia argelina e as ambições do grupo separatista. Esse desenvolvimento ocorre no momento em que o reengajamento estratégico do Marrocos com a UA, após seu retorno em 2017 após um hiato de 33 anos, remodela o cenário político do continente.
Em 19 de julho, durante a 45ª sessão do Conselho Executivo da UA em Accra, uma votação decisiva viu 52 dos 54 estados-membros apoiarem a exclusão da autoproclamada República Árabe Saharaui Democrática (RASD) dos fóruns internacionais da UA. O movimento ressalta o apoio decrescente à proposta da Polisário por um estado independente no Saara e destaca a influência decrescente da Argélia após décadas de lobby.
Um golpe nos esforços diplomáticos da Argélia
A Argélia, uma firme apoiadora da Frente Polisário, reagiu com indignação. O Ministro das Relações Exteriores da Argélia, Ahmed Attaf, condenou a decisão, acusando o Marrocos de manipular a UA para impor uma política de exclusão. Seus comentários refletiram um profundo sentimento de derrota diplomática, conforme observado pelo analista político argelino Oualid Kebir. Kebir destacou que a decisão da UA demonstra o fracasso da Argélia em garantir apoio à Polisário dentro do bloco continental.
“Esta decisão implica que apenas os estados-membros da UA podem participar dos principais fóruns internacionais”, explicou Kebir, enfatizando o golpe significativo nos esforços da Argélia para promover a causa da Polisário.
Vitória estratégica de Marrocos
A exclusão da Polisário de reuniões de alto escalão marca uma mudança fundamental na postura da UA em relação aos movimentos separatistas. Essa mudança se alinha com o realismo pragmático e diplomático defendido pela ONU no tratamento do conflito do Saara. O Plano de Autonomia de Marrocos de 2007, que propõe um grau de autogovernança para o Saara sob a soberania marroquina, ganhou considerável apoio internacional, incluindo endossos do Conselho de Segurança da ONU, dos EUA e da Espanha.
Sabri Lhou, advogada e especialista em direito internacional, ecoou esse sentimento, observando que a decisão da UA reflete um consenso crescente contra o separatismo. “A UA está agora convencida de que separatistas e mais separatismo irão minar a unidade da União”, disse Lhou.
Uma mudança histórica
A reentrada do Marrocos na UA em 2017 encerrou sua antiga “política do assento vazio”, que a Argélia e a Polisário exploraram para angariar apoio contra as reivindicações territoriais do Marrocos. Ao se juntar novamente à UA, o Marrocos efetivamente se opôs a essa estratégia, defendendo a unidade e a estabilidade dentro do continente.
Kebir enfatizou que a recente ação da UA marca uma mudança histórica em sua política em relação à Polisário, que havia sido incluída como um “membro fundador” por meio de incentivos financeiros substanciais. “A decisão significa que a SADR não tem os atributos necessários de um estado e opera ilegalmente em Tindouf”, afirmou.
Implicações para o futuro
A exclusão da Polisário pela UA é percebida como parte de um realinhamento diplomático mais amplo que favorece a posição do Marrocos sobre o Saara. Essa mudança sugere que a UA está se alinhando mais de perto com as perspectivas internacionais que veem a proposta de independência da Polisário como impraticável e desestabilizadora para a região.
À medida que o Marrocos continua a consolidar seus ganhos diplomáticos, a decisão da UA é vista como uma vitória para seus esforços em promover uma abordagem unificada e pragmática para conflitos regionais. De acordo com Lhou, esse desenvolvimento indica que a UA se libertou da influência de agendas separatistas, abrindo caminho para um continente africano mais coeso e estável.
Concluindo, a exclusão da Polisário das reuniões internacionais pela UA representa um triunfo diplomático significativo para o Marrocos e uma derrota notável para a diplomacia argelina. Esta decisão ressalta uma tendência mais ampla em direção à rejeição do separatismo e à adoção da unidade, refletindo a dinâmica geopolítica em evolução dentro da União Africana.
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