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2023, o ano mais quente já registado em Marrocos desde o início do século XX

2023, o ano mais quente já registado em Marrocos desde o início do século XX
Segunda-feira 24 Junho 2024 - 09:45
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Em 2023, Marrocos viveu o ano mais quente já registado desde pelo menos o início do século XX, segundo dados publicados pela Direcção-Geral de Meteorologia (DGM). Este anúncio foi feito através da publicação de Morocco Stripes, uma iniciativa inspirada em Ed Hawkins e apoiada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) que visa aumentar a consciência pública sobre as alterações climáticas causadas pelo homem e os seus impactos nas populações e no planeta.

De acordo com o DGM, a anomalia de temperatura média anual atingiu +1,77°C acima da normal climatológica para o período 1981-2010, ultrapassando assim o recorde anterior estabelecido apenas no ano anterior (2022) de +0,14°C. Esta tendência ascendente das temperaturas é preocupante e realça a urgência de medidas para combater as alterações climáticas.

As listras marroquinas, que representam variações anuais de temperatura desde o início do século XX, mostram uma mudança acentuada no sentido de temperaturas mais elevadas nas últimas décadas. As faixas vermelhas, que representam os anos mais quentes, estão cada vez mais presentes, enquanto as faixas azuis, que representam os anos mais frios, são cada vez menos numerosas.

Esta tendência de aquecimento global tem impactos significativos em Marrocos, particularmente na agricultura, na disponibilidade de água e na saúde da população. As ondas de calor são cada vez mais frequentes e intensas, o que pode ter consequências graves na saúde das pessoas mais vulneráveis, como idosos e crianças.

Perante esta situação, o DGM apela a ações urgentes para combater as alterações climáticas. “Estas fitas representam muito mais do que dados; elas contam uma história de ações urgentes necessárias para combater as alterações climáticas”, conclui o DGM. É, portanto, importante que todos tomem consciência da importância da luta contra o aquecimento global e atuem ao seu próprio nível para reduzir a sua pegada de carbono.


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