X

A União Europeia ameaça Portugal com sanções

A União Europeia ameaça Portugal com sanções
Quinta-feira 08 Fevereiro 2024 - 22:30
Zoom

A Comissão Europeia abriu dois processos contra Portugal no Tribunal de Justiça da União Europeia ( TJUE ) por incumprimento de uma decisão sobre a preservação de sítios de importância social.

Num comunicado, o Executivo Comunitário anunciou a decisão de tomar medidas contra Portugal no TJUE por incumprimento de uma decisão de 5 de dezembro que apelava ao país para designar 61 “sítios de importância comunitária” como sítios de “conservação especial”, como exigido pela Diretiva Europeia de Conservação de Habitats.

O tribunal declarou também que Portugal não adoptou as medidas de conservação necessárias para estes sítios.

Após a decisão, Portugal designou oficialmente os 61 sítios em questão como zonas de protecção especial através da adopção de um decreto específico, mas esta designação não é suficiente para cumprir a decisão, porque Portugal também precisa de adoptar objectivos e medidas de conservação, afirma a comissão.

Por isso, a Diretora Executiva Ursula von der Leyen decidiu “remeter o assunto” ao TJUE.

Por se tratar da segunda ação judicial sobre a mesma matéria para Portugal, “pode resultar na aplicação de sanções financeiras pelo período que decorre após a data da primeira decisão até que seja verificado o cumprimento”.

Num outro comunicado, Bruxelas anunciou também que Portugal está entre um grupo de países, incluindo Espanha, Irlanda, Bulgária, Malta e Eslováquia, alvo do TJUE por incumprimento da revisão dos planos de gestão de bacias hidrográficas.

A directiva da Comissão argumentou que “se concentra em garantir uma boa saúde qualitativa e quantitativa das massas de água europeias, como rios e lagos”, e visa eliminar a poluição, “bem como garantir a disponibilidade de água suficiente para satisfazer as necessidades dos seres humanos e vida selvagem ao mesmo tempo.”

Os países em causa “ainda não cumprem as suas obrigações decorrentes das directivas” e os esforços envidados pelas autoridades portuguesas até agora “não têm sido suficientes”.