- 15:30Marrocos vai acolher pela primeira vez o Conselho de Administração do IIO
- 14:00WhatsApp lança funcionalidade de transcrição de texto para mensagens de voz
- 12:35A indústria dos videojogos: crescimento explosivo esperado até 2027
- 12:10Microsoft anuncia nova aplicação de tradução para empresas
- 11:32Alphabet enfrenta pressão regulatória que faz com que perca 100 mil milhões de dólares em valor de mercado
- 11:00O risco das “divisões sociais incessantes”: o debate sobre a evolução da consciência artificial
- 10:30OMS mantém alerta máximo sobre epidemia de Mpox face a propagação preocupante
- 10:00Equador expulsa definitivamente representante da Polisario
- 09:30A Letónia aguarda com expectativa a cooperação com Marrocos
Siga-nos no Facebook
OMS mantém alerta máximo sobre epidemia de Mpox face a propagação preocupante
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou na sexta-feira que mantinha o mais alto nível de alerta em relação à epidemia de mpox. Esta decisão, impulsionada por um aumento contínuo de casos e por uma propagação geográfica preocupante, reflecte os muitos desafios enfrentados pelas autoridades de saúde globais. Os números revelam uma situação alarmante que exige uma coordenação internacional reforçada.
Identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo (RDC) em 1970, esta doença, anteriormente designada por “varíola dos macacos”, é causada por um vírus semelhante ao da varíola. Há muito limitado a cerca de dez países africanos, atingiu recentemente novos territórios, incluindo países desenvolvidos onde nunca tinha circulado. Esta rápida expansão realça o surgimento de duas variantes distintas do vírus: o clado 1, activo principalmente na África Central e que afecta crianças, e o clado 1b, que afecta adultos noutras regiões, nomeadamente no Leste da RDC e nos países vizinhos.
A RDC é hoje o epicentro desta crise mundial. Com mais de 39.000 casos registados desde o início do ano e mais de 1.000 mortes, o país suporta o maior peso desta epidemia. A África Central, no seu todo, é responsável por 85,8% dos casos globais e quase 99,4% das mortes registadas. Os esforços para conter a doença incluem uma campanha de vacinação lançada em Outubro, embora esta continue a ser limitada devido a restrições logísticas e recursos insuficientes. Até à data, foram vacinadas cerca de 51 mil pessoas num país com mais de 100 milhões de habitantes.
A vacina actualmente utilizada, produzida pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, destina-se exclusivamente a adultos. Esta restrição representa um grande desafio, porque quase 40% dos casos registados na RDC dizem respeito a crianças com menos de 15 anos de idade. Além disso, a campanha de vacinação depende sobretudo de dádivas internacionais, realçando as disparidades entre as regiões afectadas. Foram atribuídas cerca de 900.000 doses a nove países africanos, sendo a maioria destinada à RDC, mas esta continua a ser insuficiente para cobrir as necessidades.
De acordo com os dados disponíveis, o mpox afetou este ano quase 51 mil pessoas em todo o mundo e causou 1.083 mortes. A OMS sublinha que embora a situação seja particularmente crítica na África Central, a propagação a outras regiões mostra que esta doença representa uma ameaça global. Os esforços para conter a epidemia exigem solidariedade internacional, maior vigilância e apoio aos sistemas de saúde mais frágeis.
A OMS apela aos países e parceiros para que reforcem as suas ações para limitar a propagação do vírus e proteger as populações mais vulneráveis. A luta contra a mpox, já complicada por desafios logísticos e restrições financeiras, deve também incluir uma maior sensibilização para quebrar o estigma associado à doença e promover uma resposta coordenada a nível internacional.