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Protesto internacional sobre o polémico plano de Trump para Gaza
Muitos países e organizações manifestaram na quarta-feira a sua oposição ou incompreensão em relação às propostas de Donald Trump para esvaziar a Faixa de Gaza da sua população e torná-la um território gerido pelos Estados Unidos para resolver o conflito entre o Hamas e Israel.
O presidente norte-americano reiterou que os habitantes de Gaza, em ruínas após 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas, poderiam ir viver para a Jordânia ou para o Egito. Estes países já manifestaram a sua oposição a tal ideia. "Os Estados Unidos assumirão o controlo da Faixa de Gaza", disse, referindo-se ao território palestiniano como um "local de demolição" que poderá tornar-se "a Côte d'Azur do Médio Oriente".
Eis as principais reações:
França
"A França opõe-se totalmente à deslocação das populações", declarou a porta-voz do Governo francês Sophie Primas, julgando as declarações de Donald Trump "perigosas para a estabilidade e para o processo de paz".
Reino Unido
Os palestinianos em Gaza "devem poder regressar a casa. "Eles devem ser capazes de reconstruir, e nós devemos estar com eles nesta reconstrução, no caminho para uma solução de dois Estados", disse o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Rússia
"Ouvimos uma declaração do senhor Trump, mas também ouvimos declarações de Amã e do Cairo, dizendo que há uma rejeição de tal ideia", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando que "um acordo no Médio Oriente só pode ser feito com base em dois Estados". Acreditamos que esta é a única opção possível."
Egito
O ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelatty, enfatizou "a importância de avançar rapidamente com os projetos de recuperação (...) a um ritmo acelerado (...) sem que os palestinianos abandonem a Faixa de Gaza, principalmente por causa do seu apego à sua terra e da sua recusa em deixá-la".
Turquia
"A declaração de Trump sobre Gaza é inaceitável", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan. "Expulsar (os palestinianos) de Gaza é uma questão que nem nós nem os países da região podemos aceitar. "Não há como discutir isso".
China
"A China sempre sustentou que a governação palestiniana sobre os palestinianos é o princípio básico da governação pós-guerra de Gaza e opomo-nos à transferência forçada de residentes de Gaza", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian.
Presidência Palestina
"O Presidente Mahmoud Abbas e a liderança palestiniana rejeitam firmemente os apelos para tomar a Faixa de Gaza e deslocar os palestinianos da sua terra natal", disse o porta-voz presidencial palestiniano, Nabil Abu Rudeina.
Arábia Saudita
"A Arábia Saudita reafirma a sua rejeição categórica de qualquer violação dos direitos do povo palestiniano, seja através da colonização, anexação de territórios palestinianos ou deslocação forçada de palestinianos", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita.
Alemanha
A Faixa de Gaza "pertence aos palestinianos" e deve "tal como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental" fazer parte do "futuro Estado palestiniano", declarou a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock. "A população civil de Gaza não deve ser expulsa e Gaza não deve ser permanentemente ocupada ou recolonizada".
Itália
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, irritado por ser questionado "sobre todos os comentários que Trump faz", reiterou a posição italiana: "somos a favor da solução dos dois Estados, estamos mesmo prontos para enviar soldados italianos para reunificar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia".
Espanha
"Gaza é a terra dos palestinianos de Gaza, devem permanecer em Gaza, que faz parte do futuro Estado palestiniano que Espanha apoia, que deve viver e coexistir garantindo a prosperidade e a segurança do Estado de Israel", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares.
Hamas
O movimento islamista palestiniano "condena nos termos mais fortes as declarações de (Donald) Trump pedindo a ocupação da Faixa de Gaza pelos EUA e a deslocação do nosso povo".
Brasil
O Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse que "cabe aos palestinianos zelar por Gaza" e que a proposta de Donald Trump era "quase incompreensível".
Organização das Nações Unidas
"Qualquer transferência ou expulsão forçada de pessoas de território ocupado é estritamente proibida", afirmou o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, numa declaração, acrescentando que "o direito à autodeterminação é um princípio fundamental do direito internacional e deve ser protegido por todos os Estados".
"É muito difícil comentar esta questão tão delicada", disse o responsável da agência das Nações Unidas.
para os refugiados Filippo Grandi durante uma entrevista à AFP em Bruxelas. "É algo muito surpreendente, mas temos de ver concretamente o que isto significa", disse.
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