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Após a morte do Papa Francisco: quem são os principais candidatos ao papado?

Após a morte do Papa Francisco: quem são os principais candidatos ao papado?
Terça-feira 22 - 10:10
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A morte do Papa Francisco mergulhou a Igreja Católica num profundo luto, ao mesmo tempo que abriu caminho a um período crucial: a eleição do seu sucessor. Em Roma, 135 cardeais eleitores com menos de 80 anos estão a reunir-se para participar no conclave, um procedimento secreto enraizado nas tradições antigas, que visa escolher o novo líder espiritual da Igreja.

Embora o resultado desta eleição permaneça imprevisível, certos nomes estão a atrair a atenção dos analistas e dos meios de comunicação social devido ao seu papel eclesiástico, diplomático ou teológico. Quinze cardeais, de vários continentes, estão entre os perfis mais falados.

Pietro Parolin (Itália, 70 anos)

Como chefe da diplomacia do Vaticano e braço direito do Papa Francisco, é um dos favoritos naturais. A sua expertise em relações internacionais e a sua gestão do acordo com a China fazem dele um networker. Contudo, a sua proximidade com o poder pode despertar relutância.

Pierbattista Pizzaballa (Itália, 60 anos)

Patriarca Latino de Jerusalém, deixou a sua marca pelo seu compromisso com a paz no Médio Oriente, especialmente durante o conflito entre Israel e o Hamas. O seu perfil internacional e pastoral atrai muitos apoiantes.

Matteo Maria Zuppi (Itália, 69 anos)

Arcebispo de Bolonha e presidente dos bispos italianos, encarna uma Igreja comprometida e próxima dos excluídos. É também um diplomata ativo, enviado especial para a paz na Ucrânia.

Claudio Gugerotti (Itália, 69 anos)

Homem do campo e da diplomacia, dirige agora a Congregação para as Igrejas Orientais. Está bem ciente dos desafios na Europa de Leste, particularmente na Ucrânia.

Jean-Marc Aveline (França, 66 anos)

Arcebispo de Marselha, próximo do Papa Francisco, luta pelo diálogo inter-religioso e por uma Igreja aberta aos migrantes e às minorias.

Anders Arborelius (Suécia, 75 anos)

O primeiro cardeal sueco da história, representa uma Igreja viva num país muito secularizado. Convertido ao catolicismo, é apreciado pela sua integridade e visão pastoral.

Mario Grech (Malta, 68 anos)

Chefe do Sínodo dos Bispos, tenta unificar a Igreja em torno das reformas do Papa Francisco, ao mesmo tempo que tranquiliza os mais conservadores.

Péter Erdő (Hungria, 72 anos)

Um canonista de renome, é apreciado pelas suas habilidades teológicas. O seu suposto alinhamento com Viktor Orbán pode, no entanto, ser divisivo.

Jean-Claude Hollerich (Luxemburgo, 67 anos)

Jesuíta e próximo de Francisco, encarna uma Igreja em diálogo com a sociedade. A sua experiência no Japão fortalece o seu perfil internacional.

Luis Antonio Tagle (Filipinas, 67 anos)

Apelidado de "Papa Asiático", é apreciado pela sua sensibilidade pastoral e pela sua franqueza. Defende os pobres e os marginalizados, com um estilo inspirado em Francisco.

Charles Maung Bo (Birmânia, 76 anos)

Voz profética de paz num país em crise, defendeu os rohingya e fez campanha contra o tráfico humano. O primeiro cardeal birmanês, é respeitado na Ásia.

Peter Turkson (Gana, 76 anos)

Candidato histórico ao papado, personifica a voz de África. Empenhado na justiça social e no clima, combina profundidade espiritual e estatuto internacional.

Fridolin Ambongo Besungu (RD Congo, 65 anos)

Figura em ascensão na Igreja Africana, defende firmemente a doutrina em questões delicadas. Acredita que "o futuro da Igreja está em África".

Robert Francis Prevost (Estados Unidos, 69 anos)

Chefe da Congregação para os Bispos, conhece bem a América Latina, onde foi missionário. A sua visão pastoral aproxima-o do estilo de Francisco.

Timothy Dolan (EUA, 75 anos)

Arcebispo de Nova Iorque, figura dos media, conservador em questões morais. Poderá representar um regresso a uma linha de governação mais firme.

Com os olhos postos no conclave, não há garantia de que o futuro papa esteja entre esses favoritos. O Espírito Santo poderia inspirar uma escolha de outro lugar, como foi o caso de João Paulo II ou Francisco. A Igreja Católica está a entrar numa fase decisiva, entre a fidelidade às suas raízes e a necessidade de adaptação aos desafios contemporâneos.

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