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Donald Trump: Uma Presidência Marcada pela Vingança Política
Desde o seu regresso ao poder, Donald Trump imprimiu à sua presidência uma dinâmica abertamente vingativa. Alegando querer fazer justiça aos seus apoiantes e reparar o que considera injustiças do passado, o presidente multiplicou medidas punitivas contra os seus adversários políticos, instituições judiciais e certos pilares do sistema universitário americano.
Entre os seus primeiros atos, a revogação das autorizações de segurança de cinquenta ex-oficiais dos serviços de informação acusados de terem prejudicado a sua campanha eleitoral de 2020 dá o mote. Esta decisão insere-se no desejo de eliminar qualquer oposição institucional, especialmente entre aqueles que questionaram a sua legitimidade ou as suas ações.
O sistema judicial é um dos principais alvos desta política de retaliação. Os procuradores ligados às investigações contra Trump, incluindo os da equipa do procurador especial Jack Smith, foram demitidos. O presidente ordenou ainda ao FBI que divulgasse os nomes dos agentes envolvidos na investigação do ataque ao Capitólio, alimentando as tensões entre o Executivo e as autoridades federais. Vários grandes escritórios de advogados suspeitos de colaborar com estes procuradores foram sancionados, incluindo proibições de acesso a edifícios federais e suspensões de contratos públicos até que concordassem em prestar serviços jurídicos pro bono a causas apoiadas pelo novo governo.
A retaliação estende-se também à academia, considerada por Trump um bastião da ideologia progressista. A Universidade de Columbia teve 400 milhões de dólares em financiamento suspenso devido à sua condução de protestos pró-palestinianos. A Universidade da Pensilvânia sofreu uma perda de 175 milhões de dólares em fundos federais, justificada pela participação anterior de um atleta transgénero nas suas equipas desportivas. Harvard, por sua vez, enfrenta o congelamento de fundos e uma investigação sobre a sua isenção fiscal por se recusar a cumprir as exigências do governo.
Na frente política, Trump não hesitou em nomear os seus antigos colaboradores que se tornaram críticos, como Miles Taylor e Chris Krebs, que estão agora sob crescente escrutínio. Por fim, foi lançada uma nova ofensiva judicial contra o ActBlue, a principal plataforma de angariação de fundos para candidatos democratas, que é alvo de uma investigação ordenada diretamente pela Casa Branca.
Este clima político tenso e polarizado levanta profundas preocupações sobre o respeito pelas instituições democráticas e o uso do poder presidencial para retaliações pessoais. A presidência de Trump, nesta nova fase, parece ser construída não sobre uma visão unificadora, mas sobre um desejo declarado de vingança.
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