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Preocupações crescentes em Marrocos sobre a suspensão da ajuda dos EUA.
Marrocos está a enfrentar preocupações crescentes após a decisão do governo dos EUA de suspender o financiamento à Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), ameaçando uma das principais vias de cooperação para o desenvolvimento entre Rabat e Washington.
Esta decisão surge numa altura em que pesquisas recentes revelam a importância desta ajuda na perceção dos marroquinos sobre os Estados Unidos. De acordo com o "Barómetro Árabe", 68% dos marroquinos que acreditam que a ajuda americana apoia a educação dizem estar mais inclinados a reforçar as relações económicas com os Estados Unidos, em comparação com apenas 44% dos que consideram o impacto desta ajuda limitado.
Michael Robbins, diretor da rede Barometer, sublinha que estes números realçam o papel essencial do soft power americano, afirmando que "a ajuda é uma exceção positiva num contexto de declínio da popularidade dos EUA na região".
Os dados mostram também um declínio na proporção de marroquinos que acreditam que o objectivo dos Estados Unidos com a sua ajuda é ganhar influência, caindo de 33% em 2021 para 29% em 2024, números muito inferiores aos de outros países, como o Iraque ou o Líbano.
Marrocos destaca-se, por isso, como um caso especial na região, onde os programas de apoio americanos continuam a gozar de uma certa confiança, particularmente nas áreas da educação, dos direitos das mulheres e da sociedade civil.
A decisão de Washington de congelar esta ajuda surge no meio de uma grande crise de imagem dos Estados Unidos no Médio Oriente, devido à sua posição sobre a guerra em Gaza. Esta deterioração da imagem levou a uma queda de mais de 30 pontos no apoio popular na Tunísia, por exemplo.
No entanto, apesar deste declínio, os inquéritos realizados entre 2022 e 2024 mostram uma melhoria notável na avaliação da ajuda americana a Marrocos, com um número significativo de inquiridos a apreciar o seu impacto no desenvolvimento, mesmo que este último não corresponda necessariamente às suas prioridades imediatas.
Robbins alerta para as consequências da suspensão repentina desta ajuda, acreditando que poderá enfraquecer a influência dos Estados Unidos na região. Segundo o próprio, "perder ferramentas de soft power complicará a tarefa de recuperar a confiança das pessoas, numa altura em que a competição internacional com potências como a China se está a intensificar".
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