- 10:30Trump e Musk preparam-se para salvar o destino do TikTok nos Estados Unidos
- 10:10Marrocos recebe a sua primeira exportação oficial de Melilla desde o encerramento da alfândega em 2018
- 09:51Noreba Group lança novo projeto turístico em Tânger para impulsionar o setor hoteleiro
- 09:25Universidade Mohammed V brilha no QS World Ranking 2025
- 09:10Assinatura de um memorando de entendimento entre Marrocos e a Bélgica para reforçar a cooperação judiciária
- 09:00O futuro secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, elogia Marrocos como modelo de investimento em África
- 08:41Marrocos pronto para partilhar a sua experiência em drones com os países do Sahel para combater o terrorismo
- 08:18Centro Cultural Marroquino em Jerusalém reforça presença de Marrocos no Médio Oriente
- 08:10Marrocos é um destino estratégico para atrair investimento no setor dos minerais críticos
Siga-nos no Facebook
UNESCO reconhece 63 novas práticas culturais em 2024
Na sua reunião em Assunção, no Paraguai, o Comité Intergovernamental da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial decidiu inscrever 63 novos elementos nas Listas do Património Cultural Imaterial, por iniciativa de 90 países. Estas inscrições enriquecem o património mundial vivo e ilustram a diversidade cultural que atravessa fronteiras.
Entre 2 e 6 de dezembro de 2024, os 24 membros do Comité acrescentaram práticas culturais de 62 países diferentes à Lista Representativa, e dois elementos adicionais foram inscritos na Lista do Património Cultural Imaterial que Necessita de Salvaguarda Urgente. Além disso, foram integrados três novos programas no Registo de boas práticas para a salvaguarda do património imaterial. Com estes acrescentos, o número total de práticas culturais registadas até à data é agora de 788, abrangendo 150 países em todo o mundo.
Henna: uma tradição simbólica listada como património mundial
Uma das inscrições notáveis desta sessão é a dos ritos da hena, uma prática profundamente enraizada em muitos países árabes, incluindo Marrocos. Este ritual, que representa um aspeto essencial da cultura e das celebrações tradicionais destas regiões, foi reconhecido pela UNESCO pelo seu valor cultural e social, reforçando assim a importância das práticas femininas e comunitárias na história viva da humanidade.
Recorde de participação e inscrições multinacionais
Este ano, a sessão contou com uma participação recorde, com mais de 900 participantes de 120 países. Isto marca a segunda maior participação desde a criação da convenção da UNESCO. Entre os novos registos, 16 práticas multinacionais foram apoiadas por 62 países, um aumento significativo em relação ao ano anterior.
Pela primeira vez, cinco países inscreveram um elemento na Lista do Património Imaterial: Brunei Darussalam, Gana, Myanmar, Ruanda e Somália. Estas inscrições demonstram o desejo das nações de preservar e promover o seu património vivo, ao mesmo tempo que promovem intercâmbios culturais para além das fronteiras nacionais.
Um património para fortalecer o diálogo e a inclusão social
Os elementos elencados em 2024 refletem também a importância crescente do património imaterial para o fortalecimento do diálogo intercultural. Cerca de 44% das novas práticas registadas contribuem para sociedades mais inclusivas, seja através de reuniões sociais, ritos de passagem ou cerimónias que fortalecem os laços comunitários e familiares.
A Diretora-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay, saudou a importância desta convenção, afirmando que “o património material e imaterial são agora inseparáveis, fortalecendo os laços entre gerações e entre os Estados partes na Convenção”. A mesma sublinhou que estas 63 novas candidaturas ajudam a “ligar a nossa geração a todas as que vieram antes” e a preservar tradições essenciais para a identidade colectiva global.
A seguir: a sessão de 2025 em Nova Deli
O Comité Intergovernamental da UNESCO reunirá em Nova Deli, na Índia, em dezembro de 2025, para a sua próxima sessão. Até lá, os esforços para preservar e promover o património cultural imaterial continuarão a fortalecer-se através de iniciativas nacionais e internacionais, tendo a UNESCO como catalisador chave para o reconhecimento destas práticas universais.
A sessão de 2024 marcou assim um momento forte para a salvaguarda da cultura viva, destacando a importância de um património que, embora enraizado nas tradições, continua a moldar as sociedades modernas e unidas.
Comentários (0)