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Os portugueses trabalham mais que os espanhóis

Os portugueses trabalham mais que os espanhóis
Quinta-feira 29 Fevereiro 2024 - 16:00
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A diferença entre a média de horas semanais a tempo inteiro trabalhadas pelos trabalhadores portugueses e espanhóis é superior a uma hora. Os portugueses trabalham em média 41,3 horas semanais

Ao longo da última década, de 2013 a 2022, os portugueses registaram consistentemente mais horas de trabalho por semana do que os espanhóis. Mas quando se olha para os indicadores de produtividade, a economia vizinha supera Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e divulgados pela Organização para a Cooperação Económica.

De acordo com estes dados, a média de horas semanais era de 41,3 horas em Portugal, enquanto em Espanha era de 40,4, em 2022. Os Censos indicam que as diferenças entre o número médio de horas tipicamente trabalhadas por semana a tempo inteiro ultrapassam 1 hora, e variou entre 0,8 horas (2016 e 2018) e 1,1 horas (2014, 2019 e 2021).

Produtividade

Apesar de trabalhar mais tempo, os indicadores de produtividade são mais elevados em Espanha. A diferença é ainda maior quando se olha para a produtividade medida pelo PIB em relação ao emprego, ou seja, a produtividade nominal do trabalho por pessoa: Espanha está perto da média comunitária, enquanto Portugal está abaixo de 70% da média da UE.

A produtividade, medida pela relação entre o PIB per capita e as horas trabalhadas, representa uma diferença menor, mas a Espanha ainda lidera. Embora a produtividade por hora trabalhada seja superior a 90% da média da UE em Espanha, Portugal está cerca de 30 pontos abaixo da média da UE.

Neste sentido, o PIB per capita de Espanha foi sempre superior ao de Portugal entre 2013 e 2022, “com diferenças que oscilaram entre 12 PPS e 16 PPS até 2019”, aponta o INE.

Contudo, importa referir que o cenário muda se olharmos para o número de horas de trabalho a tempo parcial. “Em 2022, o número de horas trabalhadas a tempo parcial em Portugal e Espanha foi inferior à média da UE, para ambos os géneros”, segundo o INE, e “Portugal foi o país com o valor mais baixo para as mulheres”.

 


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