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Espanha planeia convidar Marrocos, Argélia e Israel para uma reunião estratégica da NATO
Espanha procura reforçar o diálogo entre a NATO e os países mediterrânicos, convidando Marrocos, Argélia, Israel e outros Estados parceiros para uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO agendada para dezembro de 2024. Esta iniciativa visa aprofundar as relações entre a aliança militar e os países envolvidos no “Mediterrâneo Iniciativa Diálogo”.
Segundo fontes da agência Europa Press, este convite diz respeito a vários países parceiros da região, nomeadamente a Tunísia, a Mauritânia, a Jordânia e o Egipto. Espanha quer aproveitar esta reunião para acelerar o diálogo e a cooperação entre os países do Mediterrâneo e a NATO, uma prioridade para o novo secretário-geral da organização, Mark Rutte. Esta iniciativa insere-se também na estratégia de vizinhança meridional, adoptada na última cimeira de Washington.
Reforçar as parcerias mediterrânicas
Espanha, enquanto organizador desta reunião ministerial, realça a importância de reforçar os intercâmbios com os parceiros mediterrânicos, sublinhando a necessidade de intensificar a cooperação regional em matéria política e de segurança. Contudo, as diferenças no grau de compromisso dos países envolvidos com a NATO poderão influenciar a lista final de convidados. A Jordânia e a Mauritânia estão particularmente no topo das parcerias mais ativas com a organização, o que poderá torná-los candidatos preferenciais para participar nesta reunião.
Um diálogo em busca da coesão regional
Esta abertura aos países não pertencentes à NATO visa promover uma cooperação mais inclusiva e proactiva na região do Mediterrâneo. Reflete também a ambição do novo executivo da NATO de construir uma ponte entre os membros da aliança e os parceiros regionais para enfrentar desafios comuns, como a luta contra o terrorismo, a gestão da migração e a segurança marítima.
No entanto, convidar simultaneamente países como Marrocos, Argélia e Israel poderá representar desafios diplomáticos, dadas as tensões geopolíticas existentes. Madrid terá, por isso, de gerir estas sensibilidades para garantir uma participação construtiva na reunião.
Esta iniciativa poderá marcar uma nova etapa nas relações entre a NATO e os seus parceiros do sul, abrindo caminho para uma cooperação mais estruturada no futuro. Resta saber quais os países que responderão favoravelmente a este convite e de que forma esta reunião influenciará o equilíbrio regional no Mediterrâneo.