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Fraude em seguros de saúde: uso de redes sociais em ascensão
O número de fraudes em seguros de saúde tem registado um aumento preocupante nos últimos anos, especialmente em Oise, onde os fraudadores exploram as redes sociais para obter documentos falsos. O fundo primário de seguro de saúde (CPAM) de Oise, que lidera uma luta ativa contra estas práticas ilegais, alertou recentemente para a existência de verdadeiros “kits de fraude” disponíveis no Snapchat por cerca de dez euros.
Esses kits fraudulentos incluem recibos de pagamento falsos e paralisações de trabalho que permitem o recebimento de compensações ilegais. Segundo a CPAM de l'Oise, os clientes destes serviços são principalmente homens com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos.
Alexandra Picard, chefe do departamento jurídico e antifraude do CPAM de l'Oise, destaca a mudança na natureza da fraude: “Antes, a fraude era principalmente obra de profissionais de saúde. Com as redes sociais, essas fraudes tornaram-se mais acessíveis e se espalharam mais rapidamente. » Esta mudança é preocupante porque as redes sociais facilitam o acesso a documentos fraudulentos e permitem a rápida disseminação de informações.
Esta forma de fraude representa hoje cerca de 30% do dano total sofrido pela CPAM de l'Oise. Em 2023, a CPAM registou perdas superiores a 3,5 milhões de euros e um aumento de fraudes de 64% face ao ano anterior. Outras fontes de fraude incluem centros de saúde dentária, farmácias e enfermeiros.
Para reforçar a sua luta contra este fenómeno, a CPAM de Oise recrutou dois novos colaboradores especializados. Os gestores dos fundos ressaltam que, além da ação penal, o fraudador corre o risco de ter que reembolsar os valores arrecadados, acrescidos de 10%, podendo estar sujeito a sanções financeiras de até 300% do valor da fraude.
A CPAM de Oise continua a trabalhar activamente para contrariar esta evolução preocupante e proteger os recursos dos seguros de saúde face a fraudes cada vez mais sofisticadas e generalizadas.