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Marcelo quer clima favorável para o Orçamento do Estado
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai receber na sexta-feira todos os partidos com assento parlamentar “sobre o Orçamento do Estado para 2025”.
O Presidente da República afirmou esta terça-feira que quer ajudar a criar um clima favorável à passagem do Orçamento do Estado para 2025, também com as decisões que toma sobre leis, e falando menos, para evitar ruídos.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que é ainda mais importante na atual conjuntura não se governar por duodécimos do que era em 2021. Mas recusou revelar se, em caso de chumbo do Orçamento do Estado, irá dissolver a Assembleia da República, como fez há três anos: “Eu não quero dizer mais do que aquilo que disse”.
“Aquilo que o Presidente da República pode fazer é, nas decisões que venha a tomar, daqui até lá, sobre leis, também pensar naquilo que é melhor para criar um clima favorável à passagem do Orçamento”, considerou o chefe de Estado. .
Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela agência Lusa, disse ver “com bons olhos” tudo o que signifique “abertura ao diálogo” por parte dos líderes partidários. No seu entender, há “muito tempo” até outubro para “que haja a ultrapassagem de ruídos e se crie um clima favorável à passagem do Orçamento”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai receber na sexta-feira todos os partidos com assento parlamentar “sobre o Orçamento do Estado para 2025”.
As reuniões vão realizar-se na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e começarão às 10h00 com o PAN, seguindo-se Livre, PCP, BE, IL, Chega, PS e, por último, uma reunião conjunta com PSD e CDS-PP às 18h30.
O presidente do Chega disse que o Governo PSD/CDS-PP “tem de escolher” com que partido vai negociar, sustentou que o orçamento pode ser aprovado com o voto favorável do Chega ou com a abstenção do PS e que “estes caminhos são, em si mesmo, opostos”, e alertou o Governo que “deve decidir rapidamente” com “quem e de que forma quer fazer as negociações do Orçamento do Estado”.
“É impossível ter um orçamento que agrade ao Chega e ao PS”, defendeu André Ventura. “Ou o Governo opta por ir ao encontro das satisfações do PS, e isto significa impostos elevados, subsídios elevados, mais despesa e a contração da economia, em troca de uma subsidiação dessa economia” ou “um modelo mais próximo do Chega” com “menos impostos, um investimento público específico e selecionado e a promoção do crescimento económico, aliviando as famílias e as empresas da carga fiscal brutal”, acrescentou.
A coordenadora do Bloco de Esquerda anunciou que o partido vai votar contra o Orçamento do Estado para 2025. “É um orçamento que tira recursos de baixo para entregar em cima sem resolver nenhum dos problemas do país”, justificou Mariana Mortágua.