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Marrocos ganha US$ 100 milhões adicionais com a exportação de fertilizantes para o Brasil

Marrocos ganha US$ 100 milhões adicionais com a exportação de fertilizantes para o Brasil
Quarta-feira 12 Junho 2024 - 20:20
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O Brasil importou cerca de 100 milhões de dólares de fertilizantes marroquinos em maio passado, colocando Marrocos no terceiro lugar da lista de fornecedores deste país latino a este nível, depois da Rússia e do Canadá, segundo dados revelados pela agência russa “Ria Novosti”, citando o Autoridade Estatística Brasileira.

A mesma fonte explicou que o Brasil aumentou o seu fornecimento de fertilizantes, especialmente a partir de Moscovo, que exportou mais de 304 milhões de dólares para Brasília, enquanto o Canadá exportou fertilizantes no valor de 124 milhões de dólares, e Israel e a China exportaram cada um 62 e 60 milhões de dólares em fertilizantes para o mesmo país, respectivamente.

Por sua vez, um estudo recente da empresa nacional de abastecimento do Brasil, “Conab”, monitorou um aumento significativo nas importações de fertilizantes em aproximadamente 23 por cento entre 2019 e 2023, já que o Brasil recebeu mais de 42 milhões de toneladas de fertilizantes no ano passado, em comparação com 34 milhões de toneladas em 2019. .

O estudo, divulgado pela mídia brasileira, registrou que só o estado do “Mato Grosso” importou 16,6% do total de fertilizantes importados do exterior, seguido pelo estado do “Rio Grande do Sul” com 15,7%, seguido pelo estado do “Paraná” com 13,7%.

No mesmo contexto, dados revelados pela empresa brasileira “Fascomex”, especializada no desenvolvimento de programas de comércio exterior, mostraram que o Brasil é um dos maiores importadores de fertilizantes do mundo, pois este produto é de grande importância para a agricultura brasileira, registrando que os agricultores brasileiros importaram 23% de cem por cento das suas necessidades neste nível vieram da Rússia em 2021, enquanto importaram 11 por cento das suas necessidades internas do Marrocos no mesmo ano, com um valor superior a 1,5 mil milhões de dólares americanos.

Reagindo à questão, Riad Ohtita, especialista em agricultura, disse: “O Brasil está plenamente consciente de que melhorar a produção agrícola e desenvolvê-la para garantir a segurança alimentar requer primeiro a disponibilidade de um conjunto de insumos, principalmente fertilizantes”, acrescentando que “Marrocos é capaz, graças às suas reservas de fosfato, de ajudar o Brasil e outros países a alcançar esse empreendimento.”

Ohtaita explicou: “Nos últimos anos, o Reino de Marrocos tendeu a duplicar as suas exportações de fertilizantes, em primeiro lugar em linha com a crescente procura global dos mesmos face à crescente severidade das flutuações climáticas, e também em linha com a abordagem diplomática de fosfato que Marrocos estabeleceu com base no seu campo africano, a fim de aprofundar a cooperação e fortalecer as parcerias com os países deste continente, cujo domínio inclui hoje mais de 55 por cento de terras aráveis.”

O mesmo especialista agrícola sublinhou, em declarações ao jornal eletrónico WALAW, que “Marrocos goza de uma vantagem e de uma vantagem que garante a sua posição no mercado brasileiro de fertilizantes, pois a Rússia e o Canadá, por exemplo, produzem os fertilizantes azotados de que a cultura necessita”. no início, enquanto o Marrocos produz e exporta os fertilizantes fosfatados que... o Brasil precisa para desenvolver a produção e, portanto, os dois países não impõem nenhuma concorrência ao Marrocos neste nível.”

O mesmo porta-voz concluiu que “os fertilizantes são uma carta lucrativa nas mãos de Marrocos para expandir e diversificar a sua parceria com um grupo de países, liderado pelo Brasil, pois constituem uma importante porta de entrada para o desenvolvimento das relações e a melhoria da cooperação bilateral, especialmente no que diz respeito ao comércio trocas.”


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