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Entregadores de alimentos planejam "maior" greve de todos os tempos
Um grande protesto de entregadores de comida de plataformas digitais como Uber Eats, Glovo Food ou Bolt está programado para 22 de março.
De acordo com a Executive Digest, uma nova greve de seis horas está prevista para este mês, exigindo melhores condições de trabalho e aumento dos pagamentos feitos aos trabalhadores do setor. O protesto está sendo organizado nas redes sociais, através do WhatsApp.
Segundo Hans Melo, um dos organizadores, será "a maior greve de sempre para os correios que trabalham em Portugal, disse ao Diário de Notícias.
Desta vez, entre as 18h e meia-noite, os profissionais deste setor vão parar e não vão entregar refeições ou produtos alimentares. "A intenção não é criar confusão, nem prejudicar ninguém, só queremos ter voz", diz.
Entre as demandas que circulam entre os grupos, com mais de mil membros, estão o pagamento mínimo de três euros aos correios "para qualquer entrega", o pagamento de 50 centavos adicionais por cada quilômetro percorrido em distâncias entre 2 e 4,9 quilômetros, e um euro extra por quilômetro a partir de 5 km.
Além disso, os correios querem que "pedidos duplos sejam pagos individualmente" e que as plataformas parem de permitir pedidos triplos, ou seja, em que o mesmo correio, através da sugestão da plataforma para o cliente, tem que fazer viagens a três diferentes restaurantes ou lojas para coletar produtos antes de deixá-los no endereço final.
Os organizadores do protesto argumentaram que se sentem "obrigados a ir além de 12, 14 e até 16 horas de trabalho por dia", a fim de ter um salário mínimo aceitável, e reclamam que as plataformas não fornecem as mochilas necessárias, sapatos ou roupas para o frio, ou capas de chuva, então "tudo sai do bolso do trabalhador".