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Algarve reduz consumo de água em 18%
O consumo de água no Algarve caiu 17,9% em março, face ao mesmo mês de 2023, uma redução global superior aos 15% impostos pelo governo ao setor urbano, que inclui o turismo.
Segundo os dados divulgados pela Agência Portuguesa do Ambiente ( APA ) relativos a março, primeiro mês com restrições impostas pela Decisão do Conselho de Ministros de Combate à Seca no Algarve, os municípios algarvios “não ultrapassaram” o volume poupado no mesmo período de 2023, poupando 884 mil metros cúbicos de água.
Os setores agrícola e do golfe também utilizaram menos água, consumindo um total de menos 870 mil metros cúbicos, face ao mesmo mês de 2023.
Apesar do declínio do consumo em todos os setores, o Algarve permanece num estado de grave seca hidrológica, com níveis muito baixos de reservas subterrâneas e superficiais.
Das 25 massas de água subterrâneas, 13 estão em “estado crítico e as restantes estão sob monitorização”, com a maioria das redes de aquíferos a registar níveis muito baixos.
A 31 de março, o volume das seis albufeiras que abastecem a região do Algarve – Bravora, Odeluca, Aradi, Funcho, Odelet e Pelés – tinha um volume de 183 hectómetros (hm3), o que equivale a 41% da capacidade total de armazenamento.
No mesmo período, segundo a APA, registou-se um aumento de 32 hm3 no armazenamento das principais reservas superficiais face a fevereiro, mas uma descida continuada de 14 hm3 face ao mesmo período de 2023.
Contudo, o presidente interino da APA, José Pimenta Machado, em declarações à Lusa, disse que as chuvas nos primeiros dias de abril aumentaram o volume armazenado em 14,2 hectares cúbicos.
“Estamos a 200 mil metros cúbicos de igualar as reservas de água do ano passado, mas temos de continuar a poupar”, alertou o dirigente.
Segundo os dados disponibilizados pela APA, entre as 19 entidades responsáveis pelo abastecimento urbano de água no Algarve, 15 dos 16 municípios algarvios reduziram o consumo em março: Albufeira (-18,78%), Alcotim (-38,89%), Aljezur (- 14,40%), Castro Marim (-29,46%), Lagoa (-26,71%), Lagos (-14,52%), Lolé (-14,31%), São Brás de Alportel (-11,83%), Silves (-23,99%). ) e Vila Do Bispo (-28,8%).
A descida foi também observada em todas as empresas municipais de abastecimento urbano: Infralupo (-37%), Inframora (-30,59%) e Infraquinta (-24%) no concelho de Loulé; Águas de Villa Real de Santo António (-10,55%), Ampelhão (-14,8%), EMARP/Portimão (-10,85%), Vagar/Faro (-11,02%) e Tavira Verde (-11,16%).
Com o consumo a subir, ainda que ligeiro, está o concelho de Monchique (+0,02%).
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